José da Rocha Filho trabalhava como motorista há 35 anos e
vinha sofrendo ameaças; três assassinos fugiram a pé por um canavial
Militar observa corpo da vítima, atingido por disparo de 12
na cabeça
O taxista José da Rocha Filho, de 55 anos, foi executado na
noite desta sexta-feira (13) em frente à sua residência, na travessa Otacílio
de Holanda, no Conjunto Village Campestre II.
A vítima, que trabalhava como taxista há 35 anos, tinha
encerrado seu horário e chegava em casa com um colega com o qual revezava o
veículo, um Corsa Classic de placa NMD-2547. O colega de José da Rocha, que
guiava o carro, percebeu que a luz do poste na esquina da rua estreita estava
apagada.
O condutor entrou na rua e fez a volta. Nesse momento três
homens apareceram. Eles estavam armados com uma espingarda calibre 12, uma
pistola e um facão. José da Rocha, que havia acabado de descer do carro, ainda
disse ao colega: “Vá embora que isso não é com você”.
“Eu nem pensei duas vezes quando ele disse isso. Acelerei o
carro e saí da rua”, contou o colega, que retornou pouco depois e encontrou o
amigo caído na calçada. O veículo usado pelos dois taxistas, que dividiam os
turnos há apenas uma semana, apresentava marcas de sangue na lataria, indicando
que os assassinos não esperaram que o táxi partisse para abrir fogo.
Outro colega da vítima que foi ao local do crime contou à
reportagem do Tribuna Hoje que conhecia José da Rocha há 35 anos e que ele era
um homem tranquilo. José da Rocha, segundo o seu colega, tinha contratos para
transportar crianças para a escola e não queria mais trabalhar à noite.
De acordo com o capitão Roberto, do Batalhão de Polícia de
Guarda (BPGd), pelo menos três tiros atingiram a cabeça da vítima, sendo um
deles de calibre 12 provavelmente quando José da rocha já estava caído. A
violência foi tamanha que havia sangue a mais de um 1,5 metro de distância do
corpo, manchando a parede e a calçada da residência.
O corpo apresentava ainda outras marcas de disparos no tórax
e no abdome. O braço do taxista também ficou mutilado pelo disparo de 12.
Segundo o capitão Roberto, os tiros foram disparados à queima roupa.
O militar contou ainda que os assassinos teriam fugido a pé,
por um canavial que fica próximo à residência do taxista assassinado. A esposa
da vítima informou a PM que o marido vinha sofrendo ameaças há algum tempo, mas
nunca havia prestado queixa. Ela contou que o taxista fazia ponto em um
supermercado localizado no bairro de Mangabeiras, mas não soube dizer se as
ameaças estaria relacionadas com seu trabalho.
A filha de José da Rocha chegou ao local pouco depois da
Polícia Militar e entrou em desespero. Três militares tiveram trabalho para
segurar a moça e impedir que ela mexesse no corpo. O Instituto de
Criminalística e o Instituto Médico Legal foram acionados para periciar o local
do crime e recolher o corpo do taxista.
13/01/2012 21:34
Petrônio Viana /
Beatriz Nunes
Foto: Beatriz Nunes
Fonte:
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário