quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Colegas de taxista assassinado desmentem polícia:


'ele foi vítima de bala perdida'

Sepultamento aconteceu no cemitério São José


Familiares e amigos do taxista Nadivan Aquino dos Santos, conhecido como ‘Barbosa’, 54 anos, assassinado no começo da noite de ontem (4), no Centro de Maceió, realizaram na tarde desta quinta-feira, 5, uma grande carreata em protesto pela falta de segurança enfrentada pela categoria e pela forma como o caso foi tratado pela Polícia.


A carreata que começou na Praça Rui Palmeira, no Vergel, seguiu até o Cemitério São José, no bairro do Trapiche, onde o motorista foi sepultado nesta tarde. Devido ao protesto, o trânsito ficou congestionado na Avenida Siqueira Campos, no trecho entre a Praça da Faculdade e o cemitério.


O taxista João Marcos, amigo de Nadivan e um dos organizadores da carreata, desmentiu a versão divulgada pela Polícia de que a vítima foi morta após ter reagido a um assalto. “Ele foi morto por uma bala perdida, não reagiu a nenhum assalto”. Os taxistas acreditam que o tiro teria sido disparado de uma pistola 380, provavelmente utilizada pelo segurança da loja onde ocorreu a tentativa de assalto. O segurança teria reagido ao assalto cometido por dois elementos.

“Na tentativa de acertar os assaltantes o segurança, que é policial militar, saiu atirando a esmo e o tiro matou o Barbosa”, acrescentou João Marcos, cobrando as razões pelas quais o segurança não prestou depoimento ou sequer teve a arma apreendida. “O disparo que matou Nadivan foi de 380 e a arma apreendida com um dos acusados do assalto era um revólver calibre 38”, frisou.

Segundo informações da Polícia Militar, Carlos Henrique Gonçalves do Nascimento, 19, e um comparsa, que conseguiu fugir no momento da prisão, tentaram assaltar uma loja de malhas e o segundo elemento teria atirado no taxista depois que ele se recusou a ajudá-los na fuga. Carlos Henrique foi levado para a Deplan I, no Farol.


O taxista chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao Hospital Geral do Estado (HGE).


Violência


“Há bairros e localidades onde não entramos mais à noite, a exemplo dos conjuntos Virgem dos Pobres, Benedito Bentes e Bom Parto. Precisamos de mais abordagens policiais. Estamos com medo de sair à noite e, se o preço for nossa vida, preferimos perder a corrida”, desabafou João Marcos, ao falar da insegurança vivida pela categoria.


Ele também cobrou um posicionamento do Sindicato dos Taxistas sobre a falta de segurança e sobre o assassinato de Nadivan Aquino.


17h09, 05 de novembro de 2009


Vanessa Alencar e Danielle Silva

Danielle Silva/Alagoas24Horas


Fonte:


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