Exclusivo: PM suspeita que assassino de taxista pode ter sido agente penitenciário que fazia “bico”
Versão veio à tona depois que o TNH revelou que a família contestava a versão da PM
Comandante do CPC: crime pode ter sido praticado por agente penitenciário que fazia bico
Comandante do CPC: crime pode ter sido praticado por agente penitenciário que fazia bicoDepois de saberem que a família do taxista Nadivan Aquino dos Santos, 56 anos, acredita que ele foi morto por um segurança e não pelo suposto assaltante de uma loja, como afirma o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), a cúpula do Comando de Policiamento da Capital (CPC) instaurou sindicância para desvendar o mistério. Mas as investigações preliminares, realizadas pela corporação e cujo teor foi revelado com exclusividade ao Tudo na Hora, apontam que o principal suspeito de praticar o crime é um agente penitenciário identificado como Paulo, que trabalharia como segurança particular de lojas situadas no Centro de Maceió.
A informação foi confirmada a nossa equipe de reportagem, em primeira mão, pelo comandante do Policiamento da Capital, tenente coronel Mário da Hora. As investigações internas são fruto de uma sindicância instaurada depois que o Tudo na Hora revelou, também com exclusividade, que os familiares do taxista denunciaram que o tiro fatal partiu da arma de um segurança e não do assaltante, como policiais do 1º Batalhão registraram no Boletim de Ocorrência do Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods).
Isso porque, Aline Aquino, que é sobrinha da vítima, revelou a nossa equipe de reportagem, durante o sepultamento do tio, que os taxistas que trabalhavam com Nadivan Aquino viram ele sendo atingido por um suposto policial militar, que fazia "bico" como segurança. “Os amigos que estavam com meu tio viram que não foi o assaltante quem atirou nele, e sim um policial, que estava trabalhando como segurança para a loja que seria assaltada”, denunciou emocionada, após enterrar o corpo no Cemitério de São José.
Em entrevista concedida na noite desta quinta-feira, o comandante do CPC garantiu que “o propósito da PM/AL não é esconder nada, nenhuma informação e muito menos acobertar o erro de ninguém”. “Queremos transparência e as investigações preliminares apontam que o tiro teria partido da arma de um agente penitenciário, identificado como Paulo, e que trabalharia como segurança para algumas lojas do Centro de Maceió”, revelou o tenente coronel Mário da Hora, preferindo não tornar público, ainda, como chegou ao suposto autor do disparo.
Versão do BO
Já, quanto a versão do BO do Ciods, ele informou que as informações foram repassada por taxistas que estavam no local do crime e, também, por um filho da vítima, identificado apenas como Bingo. O tenente coronel Mário da Hora frisou, ainda, que estará ouvindo todos os policiais do 1º Batalhão que estiveram no local onde o taxista foi ferido à bala e que, ele mesmo, irá a loja que sofreu a tentativa de assalto para apurar como a ação criminosa ocorreu e quem seria o possível segurança particular.
23:05 - 05/11/2009
Josenildo Törres
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