quinta-feira, 5 de maio de 2011

Latrocínio: Perícia oficial esclarece morte de taxista

O Instituto de Criminalística concluiu o laudo do exame pericial feito no material apreendido no caso da morte do taxista Nadivan Aquino dos Santos, 54 anos, mais conhecido como 'Barbosa'. O resultado do exame de balística realizada pelo perito Ricardo Leopoldo Barros deu positivo para a arma apreendida em poder de um dos acusados.

Na época, 05 de novembro de 2009, dois homens armados tentaram no início da noite, assaltar uma loja de malhas, no Centro de Maceió, e na fuga teriam atirado duas vezes contra o taxista, depois que ele se recusou a entregar o veículo. Nadivan, ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Geral do Estado (HGE).

Um dos assaltantes conseguiu fugir, mas o outro, identificado por Carlos Henrique Gonçalves, de 19 anos foi preso por policiais militares portando um revolver utilizado para cometer o crime. Porém, varias versões começaram a aparecer e ser noticiada sobre a autoria do disparo que acertou a vítima.

Testemunhas falavam em bala perdida, outros acreditavam que quem atirou e matou o taxista, trabalhava como segurança de comerciantes da área e amigos da vítima acreditavam que o tiro teria sido de uma pistola 380, e não de um revólver calibre 38.

Para resolver este enigma, o delegado responsável pelo inquérito do caso, enviou há quinze dias, ao Instituto de Criminalística para análise laboratorial um projétil retirado do corpo de Nadivan Aquino, e uma cápsula, uma munição intacta, e arma apreendida em poder de Carlos Henrique Gonçalves, um revolver calibre 38. Com esse material, o perito criminal Ricardo Leopoldo Barros efetuou o exame de balística.

Ricardo explicou que para realizar o exame pegou a arma e reproduziu um padrão na câmara de disparo, logo em seguida comparou esse projétil e o estojo com o material enviado pelo delegado no micro comparador balístico, dando resultado positivo para a arma analisada. De acordo com o perito, o laudo concluiu que a bala achada no corpo da vitima pertencia a uma das cápsulas, que havia sido disparada pela arma do assaltante.

“Não há como haver erro no laudo. Toda arma deixa uma marca característica, mais ou menos como uma impressão digital humana que são os raios e a marca da percussão. Fotografei no nosso micro comparador balístico as peças e comparei os raiamentos dos projeteis e as marcas da percussão do estojo da vítima e do acusado confirmando a que o projetil é o mesmo da arma apreendida”, afirmou o perito.

Trabalhando a oito anos na balística do Instituto de Criminalística e com cursos em Brasília, Ricardo tornou-se especialista nesta área. Antes, segundo ele, o exame era realizado com outra técnica, a de rolamento em carbono, que apresentada muitas falhas. Agora com o micro comparador balístico o perito tem 100% de certeza na hora de assinar o laudo.


“Temos um dos mais modernos equipamentos do mercado, que trouxe celeridade, precisão e maior praticidade. Com ele consigo realizar uma média de 10 a 15 exames ao mês. O aparelho consegue ampliar 320 vezes a imagem capturada pela câmera, com as imagens lado a lado no computador o perito utiliza sua experiência profissional para executar o trabalho visual”, disse Ricardo.

A Diretora do Instituto de Criminalística, Rosana Coutinho, afirmou que ainda este mês terá uma boa novidade para os peritos alagoanos. O IC estará recebendo um novo micro comparador balístico, que aumentará a realização dos exames, produção e o envio de laudos para as delegacias e Justiça.

17h21, 05 de Maio de 2011.

Fonte: Assessoria
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