Centenas de pessoas participaram da caminhada na orla
Centenas de pessoas participaram na manhã deste domingo, dia 17, de uma caminhada na orla de Maceió que marca a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A intenção é conscientizar as pessoas na necessidade de se denunciar este tipo de violência.
De acordo como promotor Flávio Gomes, que coordena o Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, existe em Alagoas uma demanda reprimida de crimes sexuais contra crianças. Para ele, os 82 casos registrados apenas em Maceió este ano são subestimados. “Acreditamos que exista um número muito maior de crimes de violência contra criança e que não são registrados. Essa caminhada é para conscientizar as pessoas da necessidade de se denunciar para que os agressores não fiquem impunes”, destacou.
Centenas de pessoas, entre elas estudantes de escolas da capital e autoridades estiveram presentes na caminhada. Nesta segunda-feira, dia 18, a partir das 9h, será realizada no Calçadão do Comércio uma panfletagem explicando as ações da campanha.
Para o promotor, a maioria dos abusos sexuais contra criança acontece no seio familiar. “Há todos os tipos de violência, mas acredito que a negligência dos pais é a porta para outros tipos de violência, seja ela física, psicológica ou sexual. Defendo que para evitar este tipo de abuso, a melhor solução são as escolas em tempo integral”, destacou Flávio Gomes.
Campanha
Durante os últimos 20 dias diversas ações reforçaram o compromisso de todos – Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade civil – na luta contra a violência sexual. Oficinas, palestras, exibição de filme, assinatura de acordos, blitz educativa e apresentações culturais movimentaram escolas e bairros do município. O evento é coordenado pelo Ministério Público Estadual com a participação ativa das secretarias Municipal e Estadual de Assistência Social, além do Conselho Regional de Assistentes Sociais, contando com o apoio de organizações não governamentais e a própria sociedade.
Além disso, o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) em uma operação especial fechou prostíbulos e prendeu 12 pessoas, algumas também exploravam sexualmente crianças e adolescentes em Maceió. Foram fechadas nove casas de prostituição e um motel que também funcionava como prostíbulo, fornecendo mulheres em um “book” disponibilizado aos clientes na portaria. No meio da semana, a mesma iniciativa fechou mais três casas em rodovias federais.
Combate Nacional
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído em 2000 pela Lei 9.970, faz alusão a um crime ocorrido há 36 anos, no Espírito Santo, quando Araceli Cabrera, de oito anos, foi violentada e assassinada e os criminosos continuaram impunes.
Sequestrada no dia 18 de maio de 1973, a menina foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. O corpo foi encontrado desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória e apesar disso e da forte repercussão do caso na mídia, poucas pessoas denunciaram o fato e o crime ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois e a morte ainda causa indignação e revolta.
Fonte: com informações da Assessoria
12h47, 17 de maio de 2009
Flávia Duarte/Alagoas24horas
Centenas de pessoas participaram na manhã deste domingo, dia 17, de uma caminhada na orla de Maceió que marca a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A intenção é conscientizar as pessoas na necessidade de se denunciar este tipo de violência.
De acordo como promotor Flávio Gomes, que coordena o Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, existe em Alagoas uma demanda reprimida de crimes sexuais contra crianças. Para ele, os 82 casos registrados apenas em Maceió este ano são subestimados. “Acreditamos que exista um número muito maior de crimes de violência contra criança e que não são registrados. Essa caminhada é para conscientizar as pessoas da necessidade de se denunciar para que os agressores não fiquem impunes”, destacou.
Centenas de pessoas, entre elas estudantes de escolas da capital e autoridades estiveram presentes na caminhada. Nesta segunda-feira, dia 18, a partir das 9h, será realizada no Calçadão do Comércio uma panfletagem explicando as ações da campanha.
Para o promotor, a maioria dos abusos sexuais contra criança acontece no seio familiar. “Há todos os tipos de violência, mas acredito que a negligência dos pais é a porta para outros tipos de violência, seja ela física, psicológica ou sexual. Defendo que para evitar este tipo de abuso, a melhor solução são as escolas em tempo integral”, destacou Flávio Gomes.
Campanha
Durante os últimos 20 dias diversas ações reforçaram o compromisso de todos – Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade civil – na luta contra a violência sexual. Oficinas, palestras, exibição de filme, assinatura de acordos, blitz educativa e apresentações culturais movimentaram escolas e bairros do município. O evento é coordenado pelo Ministério Público Estadual com a participação ativa das secretarias Municipal e Estadual de Assistência Social, além do Conselho Regional de Assistentes Sociais, contando com o apoio de organizações não governamentais e a própria sociedade.
Além disso, o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) em uma operação especial fechou prostíbulos e prendeu 12 pessoas, algumas também exploravam sexualmente crianças e adolescentes em Maceió. Foram fechadas nove casas de prostituição e um motel que também funcionava como prostíbulo, fornecendo mulheres em um “book” disponibilizado aos clientes na portaria. No meio da semana, a mesma iniciativa fechou mais três casas em rodovias federais.
Combate Nacional
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído em 2000 pela Lei 9.970, faz alusão a um crime ocorrido há 36 anos, no Espírito Santo, quando Araceli Cabrera, de oito anos, foi violentada e assassinada e os criminosos continuaram impunes.
Sequestrada no dia 18 de maio de 1973, a menina foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. O corpo foi encontrado desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória e apesar disso e da forte repercussão do caso na mídia, poucas pessoas denunciaram o fato e o crime ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois e a morte ainda causa indignação e revolta.
Fonte: com informações da Assessoria
12h47, 17 de maio de 2009
Flávia Duarte/Alagoas24horas
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