terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Taxista denuncia SMTT e Guarda Municipal por abordagem truculenta


Natan Sampaio acusa agentes de trânsito de agressão durante blitz na Cambona


Natan Sampaio mostra camisa supostamente rasgada durante agressão

Quatro dias após supostamente ser agredido por agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e da Guarda Civil de Maceió, o taxista Natan Gomes Sampaio, 43 anos, formalizou na tarde desta terça-feira, 01, denúncia por abordagem truculenta na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas.

Segundo Natan Sampaio, após ser abordado em uma blitz na Travessa General Hermes, na Cambona, agentes de trânsito entenderam que ele fazia transporte ilegal de passageiros e ordenaram o recolhimento do veículo. Inconformado, o taxista se negou a conduzir o veículo até o depósito da SMTT e recebeu voz de prisão.


“Os agentes então me deram uma rasteira e me algemaram”, explica Natan, que teria ficado por aproximadamente duas horas detido em um carro da SMTT. “Eu [Natan] apresentei toda a documentação do carro. Foi então que eles pediram a lista de passageiros. Eu informei que transportava a minha irmã e duas sobrinhas, que estavam sem documentação. Mesmo assim, eles disseram que isso era irregular e que o carro estava apreendido”, completou.

Ainda segundo Natan Sampaio, após ser derrubado por um agente da SMTT, dois guardas municipais teriam sacado armas e feito ameaças. “Os guardas puxaram as armas e disseram que atirariam caso eu fizesse qualquer tipo de movimento. Depois me algemaram e me conduziram para o carro. De lá, fui encaminhado para o depósito da SMTT, no Trapiche”.

Natan Sampaio conta que ainda foi levado à sede da Guarda Municipal, mas que fugiu do local. “[Os agentes] Disseram que me levariam para a delegacia, mas me levaram para a sede da Guarda. Eu fiquei com medo e fugi de lá. Fui procurar os meus direitos no Ministério Público e aqui na OAB”, disse.


Gilberto Irineu diz que cobrará providências

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, Gilberto Irineu, informou que encaminhará ofícios à Fazenda Pública Municipal, à Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania e à corregedoria da Guarda Municipal, solicitando que o fato seja apurado e que, caso a denúncia se confirme, os culpados sejam punidos.


“Guardas municipais não têm poder de polícia, portanto nem poderiam andar armados. Caso eles tenham realmente ameaçado o taxista, isso mostra o despreparo desses profissionais. Despreparo jurídico, despreparo humanístico e despreparo técnico. A OAB vai cobrar uma punição de acordo com o regime interno da instituição”, observou Irineu.

A reportagem da Gazetaweb tentou entrar em contato com o superintendente da SMTT, coronel Coutinho, mas não obteve êxito.


01.12.2009
16h42

Fonte:

Gazetaweb


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