sábado, 5 de janeiro de 2008

Segurança no trânsito

Especialistas de trânsito reforçam a importância do uso dos acessórios de segurança – equipamentos que previnem acidentes e salvam vidas.

O carro de Márcio José da Silva, recém-saído da concessionária, tem rodas esportivas, som de última geração e bancos de couro. O que Márcio gastou com tudo isso daria pra instalar airbags e freios ABS. “Eu preferi valorizar mais a parte estética e a parte de conforto, porque eu acho que isso vale mais no mercado hoje”, justifica o administrador de empresas.

Nunca a indústria automobilística vendeu tanto no Brasil; equipamentos que antes eram pra poucos, como vidro elétrico e ar condicionado, hoje em dia já são comuns. Só a tecnologia disponível para a segurança é que tem ido pouco para as ruas.

Numa concessionária de São Paulo, por exemplo, são raros os clientes que se preocupam em ter um carro mais seguro. “No máximo um 20% dos clientes se preocupam com isso, enquanto os que optam por banco de couro ficam na casa de 40%”, afirma o gerente de vendas, Márcio Santana.

Segundo a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), 23% das mortes em colisões frontais poderiam ser evitadas com o uso do airbag. O equipamento é opcional para a maioria dos carros vendidos no Brasil e ainda é caro: custa, em média, R$ 2.500.

O cinto ainda é o mais importante recurso de segurança: reduz em 65% o risco de mortes e lesões graves. Mas atenção: tem que ser o cinto de três pontas, com regulagem de altura; normalmente, o lugar do meio no banco de trás tem o cinto de apenas dois pontos.
Para o presidente da Abramet, Flávio Emir Adura, o brasileiro precisa adquirir o hábito de pensar no carro se preocupando com a segurança, e não só com a beleza. “Eu acredito no Brasil nós, lamentavelmente, ainda não temos essa cultura. Temos de adquiri-la, temos que promover essas informações para que isso realmente aconteça”.

De janeiro a outubro do ano passado, 5.813 pessoas morreram em acidentes de trânsito nas estradas federais do país.

Indústria automobilística

O número de carros não diminui, pelo contrário: os revendedores de veículos novos tiveram em 2007 o melhor resultado da história: 2,3 milhões de carros vendidos – alta de quase 30% em relação a 2006.
Veja o video.

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