quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Taxistas se concentram no IML e cobram prisão de assassinos


No ano passado foram registrados 26 assaltos e 4 mortes de taxistasDezenas de taxistas, entre eles representantes do sindicato da categoria, se concentram na manhã desta quarta-feira, 13, na porta do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, aguardando a liberação do corpo do taxista Luiz Holanda Pimentel, ocorrido na noite desta terça-feira, 12, no bairro do Pitanguinha.


O presidente do Sintáxi, Ubiraci Correia, lamentou a morte de mais um companheiro e disse que a categoria vem sendo alvo, sistematicamente, da ação dos bandidos, e que a ausência do aparato policial tem deixado os profissionais ainda mais vulneráveis. Bira cobrou, sobretudo, o reforço do policiamento nas barreiras e a intensificação das revistas nos táxis.


Bira informou que em 2007 foram registrados 26 assaltos e quatro mortes de taxistas e que apenas nos primeiros dois meses deste ano dois taxistas foram executados. O sindicalista disse que a morte de Luiz Holanda deve ser investigada, uma vez que nada foi levado da vítima.


Os companheiros de profissão da vítima afirmaram que irão acompanhar, em carreata, o traslado do corpo do taxista para o Cemitério São José, onde será sepultado na tarde de hoje, em horário que ainda deverá ser definido. Apesar da realização da necropsia, houve um atraso na liberação do corpo devido a não apresentação de documentos por parte dos familiares.


O crime


Mais um taxista foi vítima de assaltantes na noite desta terça-feira, 12. Luiz Holanda Pimentel foi acionado pela central da rádio táxi para uma corrida para o bairro da Pitanguinha. A solicitação teria sido feita por uma pessoa cadastrada no sistema, nada que pudesse evitar o assalto. O passageiro pediu para que o taxista fosse até a Rua Mário Lobo, chegando lá, anunciou o assalto.


Luiz reagiu ao assalto e foi atingido com três disparos de revólver calibre 38. A vítima ainda foi levada para a Unidade de Emergência, mas não resistiu e morreu na sala de cirurgia. Segundo informações de amigos que chegaram ao local, ele recebeu um tiro na boca, um na coxa e outro na virilha.


Luiz Holanda era o número 31 da central de rádio táxi. No veículo, um Fiat Uno de placa MVC 2785/AL, foi encontrado um dente da vítima, na porta do carro manchas de sangue e vários tiros. A polícia fez várias diligências no bairro, mas não conseguiu capturar os assassinos. Segundo populares, depois de atirar no taxista, o assaltante teria entrado em um carro de cor azul e seguido em direção à Avenida Fernandes Lima.


10h10, 13 de fevereiro de 2008
Cláudia Galvão
Sionelly Leite/Alagoas24horas

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